terça-feira, 16 de abril de 2024

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), Hepatites matam 3,5 mil pessoas por dia no mundo. Testem-se! Vacinem-se!


O número de mortes por hepatites virais no mundo aumentou, saltando de 1,1 milhão em 2019 para 1,3 milhão em 2022. As cifras equivalem a cerca de 3,5 mil óbitos diários em decorrência da doença, que é a segunda principal causa de mortalidade por agentes infecciosos no planeta.

Esses dados integram o recém-lançado Relatório Global de Hepatites 2024, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante o World Hepatitis Summit, realizado em Lisboa entre 9 e 11 de abril.

O documento revela que, apesar do avanço nas ferramentas de diagnóstico e nas opções de tratamento, houve estagnação nas taxas globais de tratamento e de cobertura para testes de detecção.

A hepatite B, para a qual há uma vacina segura e eficaz,  lidera com folga a mortalidade, representando 83% dos óbitos pela doença registrados em 2022. Já a hepatite C foi responsável por 17% das mortes.

O relatório indica ainda que, todos os dias, mais de 6 mil pessoas são infectadas com hepatites virais no mundo.

Metade das hepatites crônicas do tipo B e C ocorrem em pessoas entre 30 e 54 anos, enquanto 12% acometem crianças. Em termos de gênero, há mais infecções entre os homens, que representam 58% de todos os caso.

A Organização Mundial da Saúde chamou a atenção ainda para a dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao tratamento. Apenas 13% das pessoas que vivem com infecção crônica de hepatite B foram diagnosticadas, enquanto somente 3% — o equivalente a 7 milhões de pessoas — receberam terapia antiviral até o fim de 2022.

Esse resultado está bem abaixo da meta global estipulada pela OMS, que é de tratar 80% dos casos até 2030.

sábado, 6 de abril de 2024

06 de ABRIL, DIA INTERNACIONAL DA ASSEXUALIDADE.


 A Assexualidade é um orientação sexual invisibilizada. 

O desejo sexual não é universal, ou seja,  todo ser humano não sente (ou deveria sentir) desejo sexual pelo outro; a partir desse entendimento, pode-se dizer que a falta de interesse por sexo tem sido compreendida como parte da diversidade sexual humana, recebendo o nome de assexualidade. Em lugar do transtorno e do distúrbio, o desinteresse pelo sexo tem sido associado à orientação do desejo sexual (BOGAERT, 2006).

Na assexualidade não existe a atração sexual por outras pessoas, portanto não há repressão ao desejo. Os/as assexuais fazem questão de enfatizar que a assexualidade não é uma escolha, sendo a falta de interesse por sexo uma característica do sujeito assexual, daí o caráter reivindicado de orientação sexual semelhante à heterossexualidade, à homossexualidade ou à bissexualidade.

Os/as assexuais da AVEN fazem distinção muito clara entre amor e sexo. Parte dos/as assexuais sente interesse amoroso e deseja estar em relacionamentos românticos, preferencialmente sem atividade sexual; porém, também existem aqueles/as que não têm interesse nem mesmo por parcerias amorosas. A AVEN chama de românticos/as os assexuais que desejam um relacionamento amoroso, e de arromânticos/as, aqueles/as que não desejam. Outra constatação entre os membros da AVEN, é que alguns/mas assexuais românticos/as estão envolvidos/as em relacionamentos com pessoas não assexuais, surgindo a necessidade de negociação da existência ou frequência da atividade sexual, ou da formação de relacionamentos não monogâmicos. A atração afetiva dos/as assexuais românticos/as pode ser direcionada ao mesmo sexo, a sexo diferente, a qualquer dos sexos, ou ser independente de sexo ou identidade de gênero; em relação ao alvo de interesse romântico, a AVEN classifica os assexuais como homorromânticos/as, heterorromânticos/as, birromânticos/as ou panromânticos/as, respectivamente. Foi necessária a criação de um novo vocabulário para descrever as experiências assexuais

A assexualidade, segundo a AVEN, não diz respeito ao comportamento do indivíduo assexual – lembrando que os/as assexuais são perfeitamente capazes de engajar-se em atividade sexual, mesmo sem atração -, mas refere-se exclusivamente à existência ou não de interesse por atividade sexual com parceiro/a. Neste sentido, a masturbação, por tratar-se de prática autoerótica, não entra em conflito com a definição de assexualidade proposta pela AVEN. Sabe-se que parte dos/as assexuais pratica a masturbação, sem que haja a necessidade ou a vontade de evoluir para a prática sexual com parceiro/a. Outros/as a praticam como alívio a uma necessidade fisiológica, sem estabelecer uma associação entre a prática da masturbação e o contexto mais amplo da sexualidade com parceiro/a. 

A definição de assexualidade proposta pela AVEN não contempla todo o espectro assexual. Sim! A Assexualidade é um espectro. Existem indivíduos que se identificam como assexuais, mas são capazes de sentir atração sexual em circunstâncias muito específicas, por exemplo, os/as demissexuais, os/as quais experimentam atração sexual somente quando existe intenso envolvimento afetivo. Existem também os/as chamados/as Gray-A, indivíduos com níveis muito baixos de desejo sexual, para os/as quais a atração sexual ocorre em circunstâncias muito restritas e não totalmente claras. Devido à baixa frequência da ocorrência da atração sexual, demissexuais e gray-As costumam preferir identificar-se como assexuais, embora se encontrem na zona intermediária no espectro entre a sexualidade e a assexualidade. 

É preciso retirar a Assexualidade do assombro e das sombras. Vivam as Pessoas Assexuais!


https://www.asexuality.org/

Um sopro de Vida. Clarice Lispector 🧡🧡🧡