sábado, 31 de dezembro de 2016

HEALTHY NEW YEAR

Make 2017 your healthiest year yet! Find ways to boost your health and well-being!










quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

EPIDEMIA DE HIV NAS FILIPINAS ENTRE HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS E AS POLÍTICAS DE RESTRIÇÕES GOVERNAMENTAIS.



Nas Filipinas, políticas governamentais, como restrições ao acesso ao preservativo (camisinha ou condom) por homens que fazem sexo com homens (HSH), têm levado à epidemia de Infecção por HIV. 
De acordo com a Human Rights Watch, a prevalência de infecção por HIV entre HSH aumentou em 10 vezes nos últimos 5 anos. 
Educação em saúde voltada para a prevenção nas escolas é inadequada, marketing comercial de preservativos é inexistente, e há barreiras ao acesso a eles, assim como testagem para HIV, especialmente para menores de 18 anos que precisam da autorização parental, o quê tem contribuído para o aumento da epidemia.
Mais de 80% dos Filipinos são católicos, tendo a Igreja Católica sido a grande propulsora da resistência às campanhas de prevenção. Peter Mosende, um oficial do Programa para HIV/AIDS das Nações Unidas (UNAIDS), disse que as Filipinas têm a mais alta taxa de novas infecções por HIV na região da Asia Pacífica, com um aumento de mais de 100% de novos casos no período de 2001 a 2015. 
Somente nos primeiros 10 meses do ano de 2016, 7756 novos casos de HIV foram registrados. De um novo caso por dia em 2008, hoje há 26 novas infecções registradas diariamente. 
O modelo de transmissão se deslocou de heterossexual para homens que fazem sexo com homens (HSH), responsável por 87% das novas infecções, de acordo com o Departamento de Saúde do país. Mais da metade dos homens infectados estão entre os 25 e 34 anos de idade, e quase 30% estão entre os 15 e 24 anos de idade.

Foto: Aaron Favila / AP

Tradução livre feita por mim da seguinte fonte:

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O primeiro crime homofóbico no Brasil

Publicado há dois anos, o texto a seguir foi extraído do livro “História do Crime no Brasil”, obra organizada pelos historiadores Mary del Priore e Gian Carlo, com a participação de diferentes autores.  Abaixo o artigo de Luiz Mott que trata da homofobia e religião, nos tempos da colonização.
          Março de 1612: três navios franceses zarpam da Bretagne em direção ao Maranhão,  contando com o patrocínio da rainha regente Maria de Medicis, tendo a missão de fundar uma nova colônia no Brasil, a France Équinoxiale.   Sob o comando de Daniel de La Touche, Senhor de la Ravardière a expedição constava de aproximadamente 500 colonos  e quatro missionários da Ordem dos Capuchinhos. Após cinco meses de tumultuada navegação, desembarcam no Maranhão, celebrando-se a primeira missa na nova colônia aos 8 de setembro de 1612. Dão logo início à construção de um forte e  fundação da cidade de São Luís, em homenagem ao rei menino, Luís XIII. Poucos meses após sua chegada, promovem a execução de um índio homossexual, o primeiro crime homofóbico documentado no Brasil.
        No Brasil, particularmente entre os Tupinambá, a etnia mais numerosa que ocupava o litoral do Maranhão a Santa Catarina,  na  visão dos missionários e cronistas portugueses e franceses, os índios apresentavam sexualidade tão devassa que só podiam mesmo ser escravos do Diabo: nus, polígamos, incestuosos, sodomitas. Diz Gabriel Soares de Souza em 1587: “São os Tupi­nambá tão luxuriosos que não há pecado de luxúria que não cometam. Não contentes em andarem tão encarniçados na luxúria naturalmente cometida, são muito afeiçoadas ao pecado nefando, entre os quais se não tem por afronta. E o que se serve de macho se tem por valente e contam esta bestialidade por proeza. E nas suas aldeias pelo sertão há alguns que têm tenda pública a quantos os querem como mulheres públicas.” Já em  1557 o missionário protestante Jean de Lery refere-se à presença entre os Tupinambá de índios tibira, praticantes do pecado nefando de sodomia e em  1575 o franciscano André Thevet rotula-os de berdaches, termo de origem persa usado em todo mediterrâneo para descrever aos homopraticantes e transexuais. Tibira foi o termo genérico tupinambá alusivo à persona homoerótica que teve maior difusão entre os moradores  do Brasil nos dois primeiros séculos de colonização, referido igualmente em alguns documentos da Inquisição, particularmente no Maranhão e Paraíba. 
       Foi portanto com vistas a  “purificar a terra de suas maldades” que os frades determinaram a procura e captura dos tibiras maranhenses, conseguindo  prender um infeliz que fugira para o mato. Certamente era um dos tais índios notórios “que têm tenda pública a quantos os querem como mulheres públicas”. Justificava-se essa extrema   intolerância homofóbica por parte dos capuchinhos devido ao receio de provocar a ira divina e os consequentes castigos contra a nova missão, daí a metáfora da purificação da terra extirpando o mau pecado pela raiz. A reivindicação do tibira cobrando que seus cúmplices também fossem executados revela surpreendente sentido de justiça igualitária, talvez  o réu estivesse sugerindo que entre os principais chefes que o condenavam à pena de morte, havia alguns que frequentavam seus serviços homoeróticos.
      O desfecho desta execução revela o farisaico cuidado dos religiosos em mascarar suas responsabilidades sobre essa morte, a qual,  malgrado sua simulada conformidade com os tradicionais procedimentos judiciais, tinha as cartas previamente marcadas para seu sangrento desfecho:  “Terminado o processo e proferida a sentença, cuidou-se em sua alma dizendo-se-lhe, que se ele recebesse o batismo, apesar de sua má vida passada, iria direto para o Céu apenas sua alma se desprendesse do corpo. Acreditou nessas palavras, e pediu o batismo.
      Frei Yves D’Évreux fornece-nos pitoresco detalhe sobre a importância do tabaco (petum em lingua tupinambá)  entre os nativos:  “Este infeliz condenado recebeu as consolações de muito boa vontade, e antes de caminhar para o suplício disse aos que o acompanhavam: ‘Vou morrer, não mais os verei, não tenho mais medo de Jurupari pois sou filho de Deus, não tenho que prover-me de fogo, de farinhas, de agua e nem de ferramenta alguma para viajar além das montanhas, onde cuidais que estão dançando vossos pais. Dai-me porém um pouco petum para que eu morra alegremente, com a palavra firme e sem o medo que me estufa o estômago”. Deram-lhe o que ele pediu, à semelhança dos que vão ser justiçados, aos quais também se dá pão e vinho, costume não deste tempo e sim desde a mais remota antiguidade,  pois então se oferecia aos criminosos vinho com mirra e ópio para provocar o sono dos pacientes. Feito isto, levaram-no para junto da peça montada na muralha do forte de São Luís, junto ao mar, amarraram-no pela cintura à boca da peça, e o Cardo Vermelho lançou fogo à escova, em presença de todos os principais, dos selvagens e dos franceses, e imediatamente a bala dividiu o corpo em duas porções, caindo uma ao pé da muralha, e outra no mar, onde nunca mais foi encontrada.”

Professor Pós-Doutor Luiz Mott
      
Tibira foi o termo genérico tupinambá

alusivo à persona homoerótica que teve
maior difusão entre os moradores do Brasil
nos dois primeiros séculos de colonização,
referido igualmente em alguns documentos
da Inquisição, particularmente no
Maranhão e Paraíba.  


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

HIV E AIDS NA UNIÃO EUROPEIA E NA ÁREA ECONÔMICA EUROPEIA.

De acordo com os novos dados publicados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (European Centre for Disease Prevention and Control, ECDC) e pelo escritório regional da OMS na Europa,  em 2015, 29747 pessoas foram diagnosticadas com HIV em 31 países da União Europeia. Os países com a mais alta taxa de novos casos diagnosticados foram Estônia, Latvia e Malta.

O relatório “ HIV/AIDS Surveillance in Europe ” mostrou que sexo entre homens continua a ser o principal meio de transmissão, totalizando 42% de todos os diagnósticos notificados de HIV em 2015. Homens que fazem sexo com outros homens são o único grupo com um aumento constante de notificações ao longo dos anos. O sexo heterossexual é o segundo modo mais comum de transmissão, totalizando 32% de novos casos.
Pessoas jovens entre 15 e 24 anos compreenderam 12% da população da UE/AEE e 11% dos diagnósticos de HIV em 2015. Islândia, Romênia e Polônia relataram mais de 15% dos diagnósticos de HIV nesta faixa etária.
Adultos idosos (50 anos ou mais) compreenderam 39% da população da UE/AEE e 17% dos novos diagnósticos de HIV em 2015. Em 6 países (Finlândia, França, Malta, Holanda, Noruega, e Portugal) adultos idosos compreenderam mais de 20% daqueles casos novos diagnosticados com HIV. 
O ECDC estima que cerca de 122.000 europeu vivendo com HIV não estão cientes da sua infecção. O tempo estimado entre a infecção pelo HIV e seu diagnóstico é de quatro anos, sugerindo problemas persistentes com o acesso e a realização de testes para o HIV em muitos países.







sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

“Aceite o desafio. Acabe com a aids”.

Novembro de 2016 — "Take the challenge. End AIDS" (“Aceite o desafio. Acabe com a aids”, em português) é o slogan da campanha realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado neste 1º de dezembro. A iniciativa insta os governos e a sociedade a intensificarem as nove medidas para acabar com a epidemia de aids até 2030.
Fornecer e promover o uso de preservativos e lubrificantes, oferecer testes de HIV em áreas frequentadas pela população de maior risco e expandir o acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) são algumas das medidas que, se reforçadas, podem ajudar a acabar com a aids como problema de saúde pública dentro de 15 anos.
Outras ações são a testagem e o tratamento para todas as mulheres grávidas soropositivas e seus recém-nascidos para eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho, a oferta de tratamento precoce para todos que precisam, além de eliminar o estigma e a discriminação, fornecer testes e tratamento para outras infecções sexualmente transmissíveis que estão associadas ao HIV e aumentar o financiamento.



Quase dois milhões de pessoas vivem com HIV na América Latina e no Caribe. A cada ano, 100 mil pessoas adquirem o vírus e 50 mil morrem por causas relacionadas com a aids. Entre 2000 e 2015, as novas infecções por HIV foram reduzidas em 25% e as mortes em 23%. No entanto, nos últimos cinco anos, houve um pequeno aumento nos casos (0,7%), particularmente entre os homens.



FONTE: OPAS.