segunda-feira, 30 de abril de 2018

DICA DE LEITURA: DESEJOS DIGITAIS: Uma análise sociológica da busca por parceiros on-line, de RICHARD MISKOLCI

 "Neste cenário de flagrantes transformações, existem terríveis permanências. De modo que a internet se mostra como um lugar onde se possa estar a salvo. Sobretudo para aqueles/as que, historicamente, tiveram seus desejos proscritos. Regular a exposição física no intuito de evitar violências de diversas ordens é uma possibilidade muito recente e que pauta outros roteiros para a paquera. Diante da histórica marginalização dos locais de encontros gays, o serviço comercial dos aplicativos acena com o que antes era praticamente impossível: buscar um parceiro do mesmo sexo sem se expor no espaço público, ou seja, sem temor, vergonha e, fato a ser sublinhado, sem ter que reconhecer a si mesmo como parte do segmento homossexual. O chamado "meio gay", tido por muitos homens como um espaço físico contaminado e contaminante, parece se encerrar em uma geografia evitável". (Prefácio de Larissa Pelúcio, pg. 12-13)

"Assim, nas últimas décadas, quando assistimos à politização do sexo, passamos a também a viver a privatização do desejo homossexual. O match substituiu o flerte, individualizando e higienizando os contatos. Os "fora do meio", os "machos", aqueles que não "miam" e nem são "afeminados" pedem "bom senso" e distância aos que não se assemelham. É uma época mais solitária e menos solidária do que aquela de Perlongher". (Prefácio de Larissa Pelúcio, pg. 13-14).

Um maravilhoso estudo etnográfico. Vale muito a pena ler este livro. À venda nas melhores livrarias em formatos físico e digital. 


Centro Cultural da Caixa, Rio de Janeiro, até 20/05: FARNESE DE ANDRADE - ARQUEOLOGIA EXISTENCIAL.


A mostra “Farnese de Andrade — Arqueologia existencial”, em exposição no Centro Cultural da Caixa, no Rio de Janeiro, até 20 de maio, traz um apanhado de um dos períodos mais produtivos do artista mineiro, com trabalhos feitos entre os anos 1970 e 1990. À frente do “percurso arqueológico” está o curador Marcus de Lontra Costa, que reuniu 71 assemblages e objetos de coleções particulares e de herdeiros do pintor e escultor (1926-1996). Sexualidade, religiosidade, razão e loucura estão presentes nesta mostra.



Farnese de Andrade foi um artista múltiplo, cuja produção, vida e arte se enlaçam de maneira inseparável dando origem a uma obra densa, de caráter fortemente autoral. Começou sua carreira como desenhista e gravador e, a partir de 1964, cria objetos ou assemblages com cabeças e corpos de bonecas, santos de gesso e plásticos, todos corroídos pelo mar, coletados nas praias e nos aterros. Passa a comprar materiais como redomas de vidro, armários, oratórios, nichos, caixas e imagens religiosas em lojas de objetos usados, de antiguidades e depósitos de demolição. Utiliza com frequência velhos retratos de família e postais, e começa a realizar trabalhos com resina de poliéster, sendo considerado um pioneiro da técnica no Brasil.



sábado, 28 de abril de 2018

A Cidade do Futuro - Trailer

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Praça Paris - Trailer HD



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A realidade social cruel do cotidiano de muitos brasileiros entremeada pelas sequelas psicológicas nas vidas de cada personagem. Ninguém passará impune. Excelente filme. Belas e dolorosas interpretações. Meus parabéns a todos e todas. 

terça-feira, 24 de abril de 2018

INSOMNIA






The most common sleep disorder both in the general population and in seniors is insomnia. 

Many factors can contribute to insomnia, including psychiatric or neurological disorders, medical conditions, polypharmacy, medication adverse effects, substance use, environmental changes (home, hospital, care home), decreased sensory input (blindness, deafness), unrealistic expectations of sleep, lifestyle changes (retirement, change in daily structure), and psychosocial stressors.


The first step in treatment is to optimize management of comorbid medical, psychiatric, or substance use disorders as these often can contribute to insomnia. Without treatment of the underlying etiology, the sleep dysfunction is unlikely to resolve.

When assessing sleep, screening for psychiatric disorders is vital because many people with depression or anxiety initially present with insomnia or fatigue. In one study, 65% of patients with depression, 61% of patients with panic disorder, and 44% of patients with generalized anxiety disorder reported insomnia (1).
Improving sleep hygiene is very effective and low-risk in older adults. Interventions include establishing a consistent bedtime that is late enough to decrease early morning awakenings, finishing meals several hours before going to bed, having a relaxing bedtime routine, minimizing caffeine/alcohol/nicotine intake, managing stress, and increasing morning exercise.
When medications are considered for insomnia, shared decision-making with the patient is necessary given that the risks of medications can be severe and include delirium, agitation, falls, and drug-drug interactions

Ideally, medications should not be used alone as the only treatment, and should only be used as short-term adjuncts to behavioral management in cases where benefits of medication outweigh risks. Practical recommendations are to choose a medication with a shorter half-life to minimize daytime drowsiness, and to use the smallest effective dose for the shortest duration of time (3 to 4 weeks only) with intermittent dosing (as needed rather than daily). For older adults, use lower starting doses (half of normal dose), given the increased risk of adverse effects.



Patient education regarding timing of medications is advised, so that stimulating medications are taken in the morning and sedative medications are taken in the evening.


REFERENCE CITED: 1.Ohayon MM, Roth T. What are the contributing factors for insomnia in the general population? J Psychosomatic Res. 2001;51:745-755.

sábado, 14 de abril de 2018

Chosen Name Use Is Linked to Reduced Depressive Symptoms, Suicidal Ideation, and Suicidal Behavior Among Transgender Youth


Study findings published in the Journal of Adolescent Health showed that young transgender persons who used their chosen name at work, school and home instead of the name given to them at birth reported fewer depressive symptoms and less suicidal thoughts and behaviors.

Using data from a cohort of LGBTQ youth in the U.S., investigators evaluated the link between chosen name use and mental health among 129 transgender and gender nonconforming youth aged 15 to 21 years. Via interview, researchers asked whether participants could use their preferred name at school, home, work and with friends and measured depressive symptoms and suicidal thoughts and behavior.

Of the 129 participants included in this study, 74 reported using a chosen name instead of their birth name. After adjusting for covariates, Russell and colleagues found that transgender youth who used their preferred names in multiple contexts reported fewer depressive symptoms and less suicidal ideation and behavior. Furthermore, depressive symptoms and suicidal thoughts and behavior were at the lowest levels when transgender youth could use their chosen names at school, home, work and with friends.

Specifically, compared with youth who could not use their preferred name in any context, those who could experienced a 71% drop in severe depression symptoms and a 34% and 65% drop in suicidal ideation and suicide attempts, according to a press release. There were no significant differences in mental health issues by gender identity, race/ethnicity, sexual identity or age. 


Factors that could support social transition of transgender youth are likely to also promote their mental health, like using preferred pronouns, getting to dress as they choose, or using the appropriate restroom.

For transgender youth who choose a name different from the one given at birth, use of their chosen name in multiple contexts affirms their gender identity and reduces mental health risks known to be high in this group.


FONTE: Adolescent health brief 
Chosen Name Use Is Linked to Reduced Depressive Symptoms, Suicidal Ideation, and Suicidal Behavior Among Transgender Youth 
Stephen T. Russell, Ph.D., 
Amanda M. Pollitt, Ph.D., 
Gu Li, Ph.D., 
and Arnold H. Grossman, Ph.D. 
Journal of Adolescent Health (2018)




quinta-feira, 12 de abril de 2018

É TEMPO DE REDUZIR OS ACIDENTES DE TRABALHO E OS AGRAVOS À SAÚDE DO TRABALHADOR, ALÉM DE MOBILIZAR A SOCIEDADE PARA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS QUE OCORREM EM DECORRÊNCIA DO TRABALHO.

No dia 28 de abril, pessoas de todo o mundo celebram o “Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”.
A data foi instituída por iniciativas de sindicatos canadenses e escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969. No Brasil, em maio de 2005, foi promulgada a Lei No. 11.121, criando o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Segundo dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), divulgados em 2013, 2 milhões de pessoas morrem por ano por conta de doenças ocupacionais no mundo. Já o número de acidentes de trabalho fatais ao ano chegam a 321 mil. Neste panorama, a cada 15 segundos, um trabalhador morre por conta de uma doença relacionada ao trabalho.
Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) colocam o Brasil como 4º colocado no ranking mundial de acidentes fatais de trabalho. No Brasil, são quase 4 mil mortes anualmente em decorrência de acidentes de trabalho.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

10 de abril, Livraria da Travessa no Shopping Leblon, Rio de Janeiro: Mia Couto com seu mais recente livro "O BEBEDOR DE HORIZONTES".



10 | abril | Terça-feira | 19:30
Shopping Leblon Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 - Leblon, Rio de Janeiro - RJ, 22430-060 
Lançamento: O bebedor de horizontes

Título: O BEBEDOR DE HORIZONTES 
Autor: MIA COUTO 
Editora: Companhia das Letras 

O volume que encerra a trilogia histórica de Mia Couto acompanha o fim da epopeia de captura do imperador Gugunhana pelos portugueses. Mia Couto conclui sua fascinante trilogia com o romance histórico O bebedor de horizontes, que retrata a saga final do imperador moçambicano Gugunhana, o derradeiro grande governante de um império na África no século XIX. //// Regras do evento: A PARTICIPAÇÃO NO EVENTO ESTÁ LIMITADA A 200 SENHAS; A DISTRIBUIÇÃO DE SENHAS SERÁ FEITA NO DIA DO EVENTO, ÀS 17H, NO CAIXA DA LOJA; SESSÃO DE AUTÓGRAFOS EXCLUSIVA PARA O LIVRO "O BEBEDOR DE HORIZONTES"; SERÃO AUTOGRAFADOS ATÉ 2 LIVROS POR PESSOA; NÃO SERÃO PERMITIDOS AUTÓGRAFOS EM ITENS QUE NÃO SEJAM LIVROS, TAIS COMO MARCADORES, PAPÉIS SOLTOS ETC.

Com a presença de:

MIA COUTO

«Gay.» Author: Cássio Serafim

Tornei o rosto e vi-o de costas. Já não me olhava. Observou-me tempo suficiente para ler-me e identificar-me talvez com o rótulo mais fácil para si.
Aconteceu-me noutro dia, quando subia uma travessa que liga a Avenida Almirante Reis à Rua do Benformoso, em Lisboa. Ele passou por mim e cumprimentou-me com um “gay“. Poderia ter sido um “paneleiro”, mas foi um “gay“.
Pegou-me de surpresa, realmente não esperava e, se tivesse pensado melhor, se de facto tivesse a chance de interagir com aquele indivíduo, ter-lhe-ia interpelado se ele também o era. Talvez lhe tivesse perguntado se estava tão na cara a minha “gueitude”. Se me confirmasse que estava, eu sorriria feliz da vida. Uma vez fora do armário, não me venham impô-lo de novo.
Porém, nada disse. Houve nenhuma interação para além da sua voz e da minha escuta. Segui para a casa. Fiquei sem saber se aquele “gay” significaria um “Boas-vindas” e um “Sinta-se em casa”, uma vez que sou novo na área, ou se seria um insulto e um aviso do tipo “Cuida-te, que tô de olho em ti”.
Fiquei intrigado. Seria aquela uma expressão de homofobia? Seria uma atração pelas minhas feições confusas para alguns tanto quanto familiares para outros, resultantes da união entre tipos humanos diferentes? Terá sido pela aparência, pelas duas argolas grossas que pendem das minhas orelhas e que me dão um ar distinto e, ao mesmo tempo, ordinário, com a barba preta, fechada e volumosa? Terá ele me achado um “boy formoso” na Benformoso?
De facto, em torno do seu “gay”, só há espaço para ilações. A única certeza que tenho é a de que lhe chamei a atenção. Fui notado por alguém cujo rosto desconheço e que pode estar incomado com a minha presença na Benformoso, mas também pode estar entusiasmado.
Se me tivesse dado a oportunidade da interlocução, indagava-me «Gay?», e ter-lhe-ia eu respondido com brio:
«Bem gay


sexta-feira, 6 de abril de 2018

HEADSPACE - Corto LGBT - Trans - Reino Unido - sub-Español - ( 2017 )

7 Behaviors That Show A Child May Be On The Autism Spectrum.

1. NONRESPONSIVE TO INTERACTION

Children who aren’t placed on the autism spectrum often begin interacting with the parents and the world around them almost immediately. They respond to voices and they track movement with their eyes. Babies that have autism, however, may have difficulty interacting and responding to interaction.
A child with autism may not respond to the sound of their parents’ voice or words, and may avoid eye contact.

2. DELAYED VERBALIZING

Babies begin babbling before they begin learning to speak. Before they hit the one-year mark, most children will begin to make noises with their mouth as a form of communication. Children who have autism will tend to have a delayed development when it comes to verbalizing and babbling.
If your child isn’t reaching the same milestones when it comes to babbling or even talking, as the children around them, they may be considered for diagnosis with autism.

3. DIFFICULTY SOCIALIZING

As your children grows from a baby to a toddler, they may have a difficult time socializing with the other kids, or even socializing with their parents. Most children show an interest in interacting with other people. Children with autism will be disinterested, or may find interacting with people, especially strangers, difficult and overwhelming. Autism can affect how children understand socializing. It may not be that they don’t want to – they just don’t know how.
Autism can affect how children understand socializing. It may not be that they don’t want to – they just don’t know how.


4. SELF-SOOTHING BEHAVIOR

This behavior is called ‘stimming’, and it’s not a bad thing and shouldn’t be discouraged as long as the stimming is not self-destructive or harmful to the child or others. Children with autism have trouble verbalizing their feelings the way other children might be able to do. This results in a self-soothing behavior. A child who is upset and needs to calm down may take to rocking back and forth.
A child who is happy may express that feeling by wagging their hands or flapping their arms. Self-soothing helps a child deal with their emotions at their own pace.

5. LACK OF IMITATION

Most children learn through imitation. Children will repeat what their parents say and make the same kind of gestures that their parents do. They’re learning important social skills through this act of imitation. A child with autism, on the other hand, may feel disconnected from their parents or other adults and children. They often do not respond to smiling with imitating the smile, or waving back when waved to.
The autism affects how they understand and see the world, so oftentimes they may not know that you expect them to wave back.

6. TROUBLE IDENTIFYING WITH THEIR NAME

By a year old, children will often recognize their name and respond to it. They’ll also be able to understand the names of other people in the household, such as Mama and Dada. Children with autism may have a harder time identifying the name with themselves. It may be a sign to be tested for autism if they’re not responding to their name by the time they reach a year old.

7. DISINTEREST IN PEOPLE


Generally, babies and children will look to adults for what to do. They’re interested in the people around them and take part in interacting with them – babbling, pulling hair, grabbing jewelry, responding to sounds and voices. Children with autism show a marked decreased interest in other people. They have very little interest in interacting with people around them, and are often avoiding eye contact and nonverbal.
REFERENCES:AUTISM SPECTRUM DISORDER – GUIDE TO THE SYMPTOMS, CAUSES, DIAGNOSIS, AND TREATMENT OF AUTISM SPECTRUM DISORDERS. (CENTER FOR PARENT INFORMATION AND RESOURCES)WHAT IS AUTISM SPECTRUM DISORDER? – READ ABOUT THE SYMPTOMS AND RED FLAGS OF ASD IN CHILDREN, TEENS, AND ADULTS. (VKOOL.COM)

segunda-feira, 2 de abril de 2018

BRASIL: TODOS OS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS PODEM ALTERAR NOME E SEXO EM SEUS TÍTULOS DE ELEITOR.

Todos transexuais e travestis interessados em alterar nome e sexo em seus títulos de eleitor terão de terça-feira (3/4) a 9 de maio para pedirem à Justiça Eleitoral a mudança dos dados no documento. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz Fux, explicou que o tribunal tomou esta decisão na esteira do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no mês passado, que permitiu a mudança de identificação em documentos oficiais a partir da autodeclaração das pessoas, sendo desnecessária realização de cirurgia de troca de sexo e ação judicial para isso.
Assim, interessados terão de ir até o cartório eleitoral da sua região para efetivar a alteração. Além disso, a autodeclaração de homens ou mulheres transgêneros será considerada na verificação do cumprimento das cotas obrigatórias de gênero dos partidos políticos ou coligações a partir das eleições deste ano - a legislação determina um percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para "candidaturas de cada sexo" cujo objetivo é garantir a participação feminina nos pleitos. 

VIVA A DIVERSIDADE!