sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

CUIDAR-SE.

Cuidar-se,  verbo  com  inúmeros  sentidos:  tratar-se,  sustentar-se,  alimentar-se,  ocupar-se,  curarse, nutrir-se, medicar-se, mimar-se. Em  tempos  pandêmicos,  cuidar-se  é  algo  indispensável  a  todas  as  pessoas  do  mundo.  Eu  me cuido,  tu  te  cuidas,  e,  juntos,  nós  nos  cuidamos  (ou  deveríamos).  Executamos  e  sofremos  a  ação, somos  o  sujeito  e  o  objeto  ao  mesmo  tempo.  Para  alguns,  a  doença,  o  sofrimento  e  a  morte vieram;  para  muitos  outros,  a  vida  tem  permanecido.  E  o  que  podemos  nos  proporcionar  ao termos  esse  direito  de  viver?  O  verbo  é  reflexivo;  por  isso,  reflita.  Olhe  para  si  e  para  o  seu  redor e enxergue a beleza que há em você e no mundo. Tempos  difíceis  sempre  existiram  e  existirão,  porém,  a  dádiva  de  viver  é  o  que  justifica  a  nossa existência  num  mundo  tão  cheio  de  injustiças  sociais.  A  fome,  o  racismo,  o  feminicídio,  a intensificação  do  desemprego,  o  crescente  número  de  pessoas  vivendo  na  rua,  a  discriminação contra  minorias  sexuais  e  a  violência  infantil  não  têm  contribuído  para  o  cuidado,  seja  de  maneira individual, seja de maneira coletiva. O  ano  de  2021  está  perto  do  fim.  A  pandemia  continua,  mas  a  vida  pode  e  deve  continuar.  Por ela,  os  desejos  de  cuidar  de  si  podem  ser  descobertos  e  redescobertos,  inovados  e  renovados. Nos bailes da vida, o melhor lugar do mundo pode ser aqui e agora. Cuide-se  e  seja  feliz  em  2022! 

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

4 November: International day against violence and bullying at school including cyberbullying.


UNESCO Member States declared the first Thursday of November, the International Day against Violence and Bullying at School Including Cyberbullying, recognizing that school-related violence in all its forms is an infringement of children and adolescents’ rights to education and to health and well-being. It calls upon Member States, UN partners, other relevant international and regional organizations, as well as civil society, including non-governmental organizations, individuals and other stakeholders to help promote, celebrate and facilitate the international day.

This year we will mark the International Day on Thursday 4 November 2021 under the theme Tackling cyberbullying and other forms of online violence involving children and young people”. 

Although global data is limited, evidence shows that cyberbullying has been on the rise in various regions during the pandemic. In Europe, 44% of children(link is external) who were cyberbullied prior to COVID-19 reported that it had increased during lockdown. Data from several countries also reveals that children, in particular girls at the age of 11 to 13 years, are increasingly at risk of being targeted by criminal sex predators. In the USA, 98% of online predators have never met their targets in real life.

Although online violence is not limited to school premises, the education system has an important role to play in addressing online safety, digital citizenship and technology use. Formal education can and should play a key role in providing children and young people with the knowledge and skills to identify online violence and protect themselves from its different forms, whether perpetrated by peers or adults.

Online violence including cyber bullying has a negative effect on academic achievement, mental health, and quality of life of students. Children who are frequently bullied are nearly three times as likely to feel left out at school as those who are not. They are also twice as likely to miss out on school and have a higher tendency to leave formal education after finishing secondary school.

This Day calls on global awareness of the problem of online violence and cyberbullying, its consequences and the need to put an end to it. It calls on the attention of students, parents, members of the educational community, education authorities and a range of sectors and partners, including the tech industry, to encourage everyone to take a part in preventing online violence for the safety and wellbeing of children and youth.



segunda-feira, 25 de outubro de 2021

NENHUM TIPO DE VACINA CAUSA INFECÇÃO POR HIV/AIDS. INFORME-SE.

ENTRE NO MEU BLOG. ESTA É UMA ÁREA LIVRE DE ESTIGMA. 

                                                 Foto: Unaids Brasil

Na última quinta-feira (21), Bolsonaro mentiu ao afirmar que relatório do Reino Unido indica que pessoas vacinadas desenvolvem AIDS. Facebook apagou a live do presidente; médicos e o Reino Unido desmentem fake news.

O Artigo 287 - A – Divulgar informação ou notícia que sabe ser falsa e que possa modificar ou desvirtuar a verdade com relação à saúde, segurança pública, economia ou processo eleitoral ou que afetem interesse público relevante. Pena – detenção, de um a três anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.

O comentário discriminatório do presidente da República do Brasil é uma das formas mais comuns de discriminação contra pessoas vivendo com HIV e AIDS no Brasil. A isto de se chama Sorofobia ou Serofobia, Sidafobia ou Estigma sorológico o qual é o preconceito, medo, rejeição e discriminação contra as pessoas que vivem com HIV. A discriminação é uma manifestação de estigma social e é crime punível por lei com pena de reclusão e multa. 

EU NÃO TOLERO ESTIGMA. E VOCÊ?

INFORMAÇÃO É ANTÍDOTO CONTRA O PRECONCEITO. 

sábado, 16 de outubro de 2021

BREAST CANCER

In 2020, there were 2.3 million women diagnosed with breast cancer and 685 000 deaths globally. As of the end of 2020, there were 7.8 million women alive who were diagnosed with breast cancer in the past 5 years, making it the world’s most prevalent cancer.Behavioural choices and related interventions that reduce the risk of breast cancer include: prolonged breastfeeding;regular physical activity;weight control;avoidance of harmful use of alcohol;avoidance of exposure to tobacco smoke;avoidance of prolonged use of hormones; and  avoidance of excessive radiation exposure.

Unfortunately, even if all of the potentially modifiable risk factors could be controlled, this would only reduce the risk of developing breast cancer by at most 30%.

Female gender is the strongest breast cancer risk factor.  Approximately 0.5-1% of breast cancers occur in men. The treatment of breast cancer in men follows the same principles of management as for women.

Family history of breast cancer increases the risk of breast cancer, but the majority of women diagnosed with breast cancer do not have a known family history of the disease. Lack of a known family history does not necessarily mean that a woman is at reduced risk.


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Qual o valor da vida de um jovem negro? Em 2016, a cada 10 suicídios em adolescentes e jovens seis ocorreram em negros.

Quando se pensa em Saúde Mental, é importante reconhecer as vulnerabilidades individual e social. Alguns grupos da população são mais vulneráveis, como mulheres, pessoas da comunidade LGBTQIA+, pessoas negras,  que outros e esses compartilham desafios comuns relacionados à sua posição social e econômica, apoio social e condições de vida, incluindo: enfrentamento de estigma e discriminação; vivência de situações de violência e abuso; restrição ao exercício de direitos civis e políticos; exclusão de participação na sociedade; acesso reduzido aos serviços de saúde e educação; e exclusão de oportunidades de geração de rendas e trabalho. Todos esses fatores contribuem para o aumento da marginalização e vulnerabilidade das pessoas afetadas, gerando impacto no seu bem estar e na sua saúde mental o que pode levar ao suicídio. 

Segundo a OMS, morrem no mundo em média 800 mil pessoas todos os anos por suicídio, sendo que esta é a principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos.

De acordo com o estudo "Óbitos por suicídio entre adolescentes e jovens negros 2012 a 2016" feito pelo Ministério da Saúde e pela Universidade de Brasília, entre todos os adolescentes e jovens, o número de suicídios é bastante elevado no Brasil. De 2012 a 2016, ocorreram em média 11 mil suicídios na população geral e 3.043 suicídios entre adolescentes e jovens, colocando o suicídio como a quarta causa de morte nesses grupos etários.

A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra reconhece o racismo, as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional como determinantes sociais das condições de saúde. 

Um dos grupos vulneráveis mais afetados pelo suicídio são os jovens e sobretudo os jovens negros, devido principalmente ao preconceito e à discriminação racial e ao racismo institucional. 

Muitas vezes as queixas raciais podem ser subestimadas ou individualizadas, tratadas como algo pontual, de pouca importância e ainda culpabilizando aquele que sofre o preconceito.

As principais causas associadas ao suicídio em negros são: a) o não lugar, b) ausência de sentimento de pertença, c) sentimento de inferioridade, d) rejeição, e) negligência, f) maus tratos, g) abuso, h) violência, i) inadequação, j) inadaptação, k) sentimento de incapacidade, l) solidão, m) isolamento social. Outros fatores relacionados: a) não aceitação da identidade racial, sexual e afetiva, de gênero e de classe social.

A tendência da taxa de mortalidade por suicídio entre adolescentes e jovens negros apresentou um crescimento estatisticamente significativo no período de 2012 a 2016. Por outro lado, a taxa de mortalidade por suicídio entre os brancos permaneceu estável, isto é, a variação não foi significativa  estatisticamente. Analisando esses dois grupos em 2016, nota-se que a cada 10 suicídios em adolescentes e jovens, aproximadamente seis ocorreram em negros e quatro em brancos, ou seja, o risco de suicídio foi 45% maior em adolescentes e jovens negros comparados aos brancos. Entre os adolescentes do sexo masculino, o número de suicídios entre os negros foi maior em todo os anos observados.

O RACISMO ESTRUTURAL E ESTRUTURANTE ADOECE, O RACISMO MATA. VIDAS NEGRAS IMPORTAM. 

FONTE: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Óbitos por suicídio entre adolescentes e jovens negros 2012 a 2016 / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Universidade de Brasília, Observatório de Saúde de Populações em Vulnerabilidade – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.


VIVA PAULO FREIRE!




 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

A cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo. O SUICÍDIO É PREVENÍVEL!


De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo, totalizando quase um milhão de pessoas todos os anos. Você consegue imaginar que, ao final da leitura deste informativo, aproximadamente 75 pessoas cometeram suicídio?

O suicídio foi e continua sendo um tabu entre a maioria das pessoas em quase todas as sociedades, porém relegar o tema à categoria de tabu não ajuda a diminuir riscos. É um assunto proibido e que agride várias crenças religiosas. O tabu também se sustenta porque muitos veem o ato suicida como uma fraqueza do sujeito, algo sobre o qual a pessoa teria condições de atuar e não o faz. Apesar dos fatores que contribuem para o suicídio variarem entre grupos e populações específicas, os mais vulneráveis são os jovens, os mais idosos e os socialmente isolados, como a população indígena. 

Homens normalmente se matam mais, embora as mulheres tentem mais vezes. Os comportamentos suicidas podem variar desde a ideia de tirar a própria vida, que pode ser comunicada por meios verbais e não verbais, até o planejamento do ato, a tentativa e, no pior dos casos, a morte.

As mortes trazem consigo denúncias ou manifestações de coisas que se dão no âmbito da vida e da saúde de uma determinada sociedade, essas mortes específicas, intencionalmente provocadas, também vão explicitar essas questões. E aqui se fala do suicídio na sociedade capitalista, sociedade esta que é fundada na exploração e profundamente marcada pela opressão, pela desigualdade, pela competitividade e pelo individualismo, sendo necessário levar em consideração esse contexto ao se analisar as ideações, tentativas e suicídios consumados. O comportamento suicida pode ser prevenido.

Não falar sobre suicídio pode ter um efeito tão devastador quanto falar de maneira inadequada. Um suicídio é um ato de desespero. Comumente, só falamos em suicídio quando uma pessoa famosa se mata. Não se pode glamourizar um suicídio, transformar o suicida em herói.

Quem está perto também pode ajudar, mas é importante tratar das causas específicas básicas que levam uma pessoa a se matar. Como um sério problema de Saúde Pública, a prevenção do comportamento suicida não é uma tarefa fácil, mas as pessoas que precisam de ajuda podem recorrer ao Centro de Valorização da Vida (CVV), grupo de voluntários que oferecem apoio emocional gratuito. E já existem programas de saúde pública que oferecem esse serviço em algumas regiões do país.

A pessoa que está numa crise suicida se percebe sozinha e isolada. Seja um “ombro amigo” porque talvez a pessoa que pensa em cometer o suicídio possa sentir abertura para desabafar. Neste momento, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda a diferença. O suicídio pode ser evitado. Viva a Vida! 


terça-feira, 24 de agosto de 2021

NEGRAS CABEÇAS da Artista visual Íldima Lima.

O projeto exposição Negras Cabeças tem como propósito estabelecer uma conexão visual-ancestral a partir da apresentação, em ambiente digital, de 08 pinturas criadas pela artista visual Íldima Lima, partindo de referências e registros históricos de mulheres pertencentes a grupos étnicos que utilizavam o cabelo como artifício de linguagem para expressar aspectos pertinentes à sua cultura. Nesta primeira fase serão apresentadas pinturas de mulheres das etnias Betsimisaraka, Mangbetu, Suri, Mursi, Mwila, Mblantu, Fulani e Himba. CONHEÇAM! VISITEM!

https://negrascabecas.art/



segunda-feira, 23 de agosto de 2021

The Pride Flag Got an Intersex-Inclusive Redesign.

The rainbow flag - also known sometimes known as the gay pride or LGBT+ flag - has been updated to mark Pride Month. The new ‘Intersex-inclusive’ flag continues the tradition of the Pride flag being updated. Intersex columnist and media personality Valentino Vecchietti designed the new rendition of the rainbow Pride flag. The flag was officially unviled by the advocacy group Intersex Equality Rights UK in late May, but has since spread virally on social media.

Intersex people continue to be subjected to non-consensual surgeries around the world.