quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Dia Mundial de Luta Contra a Aids no Brasil: conquistas e velhos e novos desafios para enfrentarmos enquanto coletividade. Testem-se.


No Brasil, a cada hora, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo HIV em 2021. Segundo estimativa da ONU, ao longo do ano passado o Brasil teve 50 mil novos casos, o que fez o país chegar à marca de 960 mil pessoas vivendo com HIV. A AIDS afeta desproporcionalmente pessoas negras, homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas e mulheres trans, como mostra o relatório anual do UNAIDS. 

Em 2021, foram 650 mil mortos em decorrência da AIDS no mundo, 13 mil deles no Brasil. No Brasil, 694 mil pessoas estão em tratamento contra o HIV. No ano passado, 45 mil novos pacientes iniciaram a chamada terapia antirretroviral. De acordo com o Ministério da Saúde, os números representam cobertura de 81% das pessoas diagnosticadas com HIV no país. Do total de pacientes em tratamento, 95% já não transmitem o vírus por via sexual por terem atingido carga viral suprimida: INDETECTÁVEL = INTRANSMISSÍVEL.

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2010 e 2020, enquanto a proporção de casos de AIDS caiu 9,8% entre pessoas brancas no Brasil, entre pessoas negras houve aumento de 12,9%. Entre as mortes por AIDS, o período registra o a mesma situação: queda de 10% entre pessoas brancas e crescimento de 10% entre pessoas negras.

Nos últimos 4 anos, temos convivido com o desmonte do Sistema Único de Saúde por parte do Governo Federal, agravado pela pandemia, assim como a piora da exclusão, do preconceito, do estigma, o que piorou os cuidados em HIV/AIDS.

O 1 de dezembro marca o momento de reconhecimento de conquistas, porém reitera a necessidade de enfrentarmos os velhos e os novos desafios no combate à infecção por HIV e à AIDS. Equidade já! VIVA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE!