segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Profilaxia pré-Exposição (PrEP), uma pílula diária para prevenção do HIV.



Em novembro de 2015, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças nos EUA publicou um novo relatório em que 1 em cada 4 homens gays e bissexuais; 1 em cada 5 pessoas usuárias de drogas injetáveis; e 1 em cada adultos heterossexuais ativos estão sob risco importante para infecção por HIV e poderiam se beneficiar de mais informação sobre a profilaxia pré-exposição (PrEP), uma pílula diária para prevenção do HIV. PrEP é uma opção de prevenção altamente efetiva que, quando tomada diariamente, pode reduzir o risco de infecção por HIV sexualmente adquirida em mais de 90% e em mais de 70% entre as pessoas usuárias de drogas injetáveis.
Achados fundamentais:

  • Aproximadamente 25% dos homens gays e bissexuais sexualmente ativos tiveram riscos importantes para HIV consistentes com indicações para PrEP;
  • Quase 20% das pessoas usuárias de drogas injetáveis tiveram riscos importantes para HIV consistentes com indicações para PrEP;
  • E menos de 1% dos heterossexuais tiveram riscos importantes para HIV consistentes com indicações para PrEP.
Fonte da imagem: http://prepbrasil.com.br/sobre-nos/

domingo, 29 de novembro de 2015

PRIMEIRO DE DEZEMBRO, DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS.


Este dia foi lançado em 1988 e foi o primeiro dia global dedicado à saúde. A ONU lançou esta semana uma campanha para promover os direitos das pessoas portadoras de HIV e combater a discriminação de que são alvo no local de trabalho. De acordo com a OIT, mais de 30 milhões de pessoas portadoras do HIV em idade ativa ainda lidam com elevados níveis de discriminação, o que limita ou impede o seu acesso ao emprego. Os jovens em idade ativa representam 40% das novas infecções por HIV que ocorrem anualmente em todo o mundo.
É essencial impedir novas infecções pelo HIV. Precisamos chegar a uma transição em que o número de infecções novas seja menor que o número de pessoas iniciando o tratamento. Isto requer ações decisivas norteadas por uma visão inovadora: zero novas infecções pelo HIV, zero discriminação, zero mortes relacionadas à Aids. 

domingo, 22 de novembro de 2015

PERSONA - LETÍCIA LANZ (20/11/15)





Letícia Lanz descobriu as diferenças de gênero ainda criança. Ela, que nasceu homem, gostava de brincar de boneca e de se vestir com roupas femininas, mas também sentia atração por meninas. Descobriu, então, que as questões de gênero não se resumem ao masculino e feminino. Quando adulto, casou-se e teve filhos. Em 2008, sofreu um infarto e a oportunidade de recomeçar a vida trouxe-lhe a libertação: Letícia assumiu-se mulher e, desde então, estuda as diferentes formas de gênero.

Harvey Milk

“Todos os jovens, independentemente da sua orientação sexual ou identidade, merece um ambiente seguro e solidário para que possa atingir todo seu potencial.” 
“Esperança nunca será silenciada.” 
“Eu sei que você não pode viver tendo esperança sozinho, mas se não tiver, a vida não faz o menor sentido. Vocês precisam dar esperança a eles.” 
“Não é a minha vitória, é a nossa. Se um gay pode vencer, significa que há esperança e que o sistema pode funcionar para todas as minorias se lutarmos.  Nós precisamos dar esperança a eles.” 
“Direitos são concedidos apenas a aqueles que fazem suas vozes serem ouvidas.”
“Não é preciso nenhum esforço para dar as pessoas seus direitos. Não é necessário nenhum dinheiro  para respeitar o próximo. Não existe nenhum acordo político para dar as pessoas liberdade. Não é preciso nenhuma pesquisa para acabar com a repressão.”

Nome social para Travestis e Transexuais já é realidade em 24 Universidades/ Faculdades Brasil.

As universidades que atualmente possuem resolução 

para uso de nome social por parte de pessoas trans 

são UFG, UFBA, UFRJ, UFRG, UFMS, UFRN, UFVSF,

UFF,UFABC, UNIPAMPA, UFES, UFSC. 


Sabe-se que também houve aprovação de 

documento específico na UFPR, UFAP, UNIRIO, UEM,

UNB, UERJ, UESPI, UESB, UFCCAR, UFPEL, UESB,

UFV, mas ainda não se tem a resolução, portaria

e/ou documento similar.

Fonte: http://www.ufrj.br/detalha_noticia.php?codnoticia=14459

domingo, 15 de novembro de 2015

terça-feira, 10 de novembro de 2015

CÂNCER DE PÊNIS, UM TUMOR RARO PRESENTE EM HOMENS


  • Um tumor raro, presente em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens.
  • Fatores de risco

      1) fimose que impede a exposição da glande (cabeça do pênis) por causa do estreitamento do prepúcio (a pele que reveste a glande);
      2) acúmulo de esmegma (secreção branca resultante da descamação celular);
       3) higiene local precária;
       4) falta de informação;
   5) má situação socioeconômica e educacional das pessoas, em geral moradoras das regiões mais carentes.
OBS.: Alguns estudos indicam que a infecção pelo HPV (papilomavírus humano, principalmente pelos tipos 16 e 18), pode estar entre as causas do câncer de pênis.
  • Sintomas

    Mais comum do câncer de pênis é uma ferida ou úlcera persistente, ou também uma tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis. A presença de um desses sinais, associados a uma secreção branca (esmegma), pode ser uma indicação de câncer no pênis. Nestes casos, é necessário consultar um especialista. Além da tumoração no pênis,  a presença de gânglios inguinais (ínguas na virilha), pode ser sinal de progressão da doença (metástase).


  • Número de mortes em 2013: 396 (Dados do INCA)
  • Como se prevenir do câncer de pênis?

     
    Lavar o pênis diariamente com água e sabão, principalmente após relações sexuais ou masturbação;
    – Ensinar ao menino, desde cedo, como fazer a higiene do pênis. E preciso puxar a pele e limpar;
    – Realizar o autoexame mensalmente. Puxe a pele e verifique se há alguma lesão na região;
    – Usar preservativo nas relações sexuais;
    – Ao notar qualquer tipo de alteração no pênis, visite o urologista.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

França muda regras para permitir doação de sangue por homossexuais Desde 1983 país proibia a doação por homossexuais alegando risco de HIV. Abertura será feita em etapas e algumas restrições serão mantidas.

Segundo o jornal "Le Monde", a ministra da Saúde, Marisol Touraine, afirmou que a partir da primavera de 2016 nenhum cidadão será excluído da doação de sangue por causa de sua orientação sexual.
A abertura da doação aos homossexuais será feita por etapas: em um primeiro momento, a doação será permitida aos homossexuais que não tenham tido relações sexuais com outros homens em um ano. Os homossexuais poderão doar seu plasma sempre e quando tiverem uma relação estável há 4 meses ou se nesse período não tiverem feito sexo.
A proibição de doação de sangue de homens que relataram relações sexuais com outros homens existe desde 1983 devido à forte presença do HIV nesta população e pela existência de uma janela silenciosa (período) no qual não se consegue detectar o vírus no sangue coletado.

Tradução feita por mim.


« C’est la fin d’un tabou et d’une discrimination » : à partir du printemps 2016, les homosexuels pourront donner leur sang sous conditions, a annoncé la ministre de la santé Marisol Touraine, mercredi 4 novembre, dans un entretien accordé au Monde.

Pour assurer la sécurité des transfusions, Mme Touraine veut « procéder par étapes » :
« Dans un premier temps, le don du sang sera ouvert aux homosexuels n’ayant pas eu de relations sexuelles avec un autre homme depuis douze mois. Les homosexuels pourront donner leur plasma s’ils sont dans une relation stable depuis quatre mois ou s’ils n’ont pas eu de relations sexuelles sur la même période >>.


En savoir plus sur http://www.lemonde.fr/politique/article/2015/11/04/des-2016-les-homosexuels-pourront-donner-leur-sang_4802760_823448.html#p4bURf0izeLJGqZl.99


Fonte: fastnoticias.com.br

Fonte Shutterstock

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

São meus by Murilo Guimarães


Escapam iluminados
de mil compartimentos
escondidos sob mantas
de memórias e desejos
Todos os tesouros da alma
quadro a quadro expostos
numa tela escura, lá dentro
ecoando seus ensinamentos
São meus os sonhos
aquelas ficções são minhas
cheias de mim mesmo
aludem a realidades
A criança levanta o pai de cem quilos
Manto vermelho trespassa corpo de Cristo
Frágil menino em bolsa de abertura oblíqua
Sangue verte da vagina de mulher incógnita
Agarrados aos símbolos
cortantes reverberações
de lâminas e correntes
em intrigantes concertos
Recobram-se minhas vontades
ainda que surradas, surpreendidas
a mente retoma seus procedimentos
Graças ao Deus que se esconde
em mim mesmo e se solta
para me dizer umas verdades.

Tecendo nós dois by Cássio Serafim

Com cara de bobo,
olho a tela do computador,
esperando as suas palavras,
como se lhe admirasse
o rosto meigo bem próximo a mim,
como se lhe olhasse a boca
na expectativa de respirar
cada palavra proferida por você.
E você
só pronuncia amor e sentimentos nobres,
emudecendo os meus lábios falantes,
paralisando as minhas mãos inquietas,
compassando o meu coração disparado.
E as palavras
atravessando a tela,
entrando em mim,
tecendo nós dois.

domingo, 1 de novembro de 2015

TRANSFOBIA MATA!!!!!!!!!!!


Fonte: Grupo Gay da Bahia (GGB).

"Jovens com HIV não usam preservativo nem antes ou depois do diagnóstico", afirma especialista

Os jovens brasileiros infectados pelo HIV têm comportamento descuidado em relação a transmissão do vírus para seus parceiros sexuais. Essa foi a conclusão que o psicólogo Renato Caio dos Santos chegou em sua pesquisa de mestrado na Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) sobre o impacto do vírus HIV entre os jovens do País. Por três anos, ele analisou os hábitos de homens infectados pelo vírus, entre 18 e 25 anos, que se tratavam no hospital Emílio Ribas, em São Paulo. 
De acordo com Santos, os casos de HIV vem crescendo entre jovens do sexo masculino no Brasil. A proporção é de 18 casos de aids em homens para cada 10 mulheres. As regiões onde se concentram o maior número de casos são regiões Sul e Sudeste.
"Esses jovens que têm HIV não usam preservativo antes de descobrir que têm a doença e muito menos depois. Muitos dos jovens acham que as pessoas que têm um nível acadêmico elevado, de classe média alta, branco não estão sujeitos a contrair a doença, pensam que só pobres, negros que terão o HIV."
O resultado da pesquisa rendeu o livro Na Escuridão do Arco íris: a vivência das relações afetivo-sexuais de jovens gays após o diagnóstico de HIV, lançado neste mês. O psicólogo também publicou recentemente o livro Brincando com Fogo, que analisa por meio de estudos nacionais e internacionais o comportamento sexual de jovens com o vírus.

Veja a seguir a entrevista:

R7- Em geral, como está a situação do HIV no Brasil?
Renato Caio dos Santos- O Brasil apresenta uma estabilização dos casos nos últimos dez anos, com uma média de 20,5 casos para cada 100 mil habitantes. A grande questão é que a propagação vem aumentando entre jovens do sexo masculino. De certa forma, parece que os jovens homossexuais pensam "Ah, eu sou gay, porque não ter? É quase certo que terei a doença". Um dos entrevistados falou que era muito bom ele ter o diagnóstico positivo para HIV porque todas as pessoas já saberiam que ele é gay.

R7- Existe alguma causa que justifique esse comportamento?
Renato Caio dos Santos- Há aumento entre os jovens que não viram os primeiros anos da epidemia, não sabem o quão terrível foi. Muitos acham que as pessoas que têm um certo nível acadêmico, que são de classe média alta, brancos e etc não estão sujeitos a contrair a doença, pensam que só pobres e negros terão o HIV.

R7- Ainda existe um estigma muito forte que relaciona os homossexuais ao HIV?
Renato Caio dos Santos- As duas coisas se combinam muito e ainda há um preconceito muito grande. As pessoas ainda acham que o HIV é uma questão homossexual. No começo da epidemia, os travestis eram quem tinham a maior taxa de incidência da doença, hoje em dia, eles são o grupo com menor taxa de HIV.

R7- O que mais te chamou atenção ao realizar a pesquisa?
Renato Caio dos Santos- Esses jovens que têm HIV não usam preservativo antes do diagnóstico e depois muito menos. Um dos principais fatores que estamos associando é que eles não têm a noção do perigo, acham que dependendo da pessoa que eles se relacionam não há problema, pensam que o HIV tem remédio, que não mata. As campanhas do governo são focadas no diagnóstico, mas deveriam contemplar também o tratamento.

R7- Quando surgiu a ideia do livro Na Escuridão do Arco Iris?
Renato Caio dos Santos- O livro é resultante da minha dissertação de mestrado, enquanto o Brincando com fogo é resultado de minha dissertação de aprimoramento profissional. O primeiro livro fala do comportamento de jovens homossexuais, como fica a vida deles após a descoberta do vírus. O outro livro é focado nas experiências dos jovens, independentemente de orientação sexual, cor, raça ou posição social. Queríamos saber mais sobre essa molecada que já tem o HIV, como é a vida sexual deles após o diagnóstico.

R7- Qual foi a maior dificuldade em produzir as duas obras?
Renato Caio dos Santos- No Brasil, existe uma falta gigantesca de material sobre o assunto, não é nada que seja fácil de encontrar, mesmo em questão de artigos científicos. Toda a literatura que usamos para compor os livros é internacional, por exemplo. Para ambos os livros, algo que falamos muito é a importância das redes sociais e a troca de experiências para que os jovens possam encontrar outras pessoas que estão vivendo a mesma situação que eles.

R7- Qual sua opinião sobre os homossexuais não poderem doar sangue?
Renato Caio dos Santos- Isso é a coisa mais ridícula que existe. Em um período de até 12 meses, se você teve relações sexuais com alguém do mesmo sexo você fica impedido de doar sangue, mas na verdade, todo sangue coletado hoje em dia é testado em laboratório, independente do sexo da pessoa, então não faz sentido impedir alguém com uma orientação sexual X de doar. Se esse comportamento caísse em desuso, os bancos de sangue não teriam problema de estoque.
 
Fonte : R7