segunda-feira, 1 de junho de 2020

O genocídio contra o povo negro.

No Brasil, a cada 23 minutos, morre um jovem negro. George Floyd foi assassinado por um policial branco, um representante do Estado, assim como João de 14 anos e muitos outros no Rio de Janeiro. Uma chuva de protestos nos EUA. E no Brasil, a raiva e a indignação consideradas silenciosas por alguns. Assim como eles, estamos na 'quarentena', mas o genocídio contra o povo negro persiste. Um grave problema de Saúde Pública mundial não é, nem foi capaz de interromper os assassinatos. São centenas de anos de escravidão nas nossas costas. E por que não dizer também de neoescravidão?!. E o que nos faz permanecer tão calados, não colocarmos para fora em alto e bom som o Basta!, Basta!, como muitos nos acusam? Dizer que o povo negro não faz nada é negar a nossa própria História de luta, de resistência. No Brasil colonial, tivemos diversas formas de luta dos escravos brasileiros como: a) a revolta organizada, pela tomada do poder político, que encontrou sua expressão mais visível nos levantes dos negros malês (muçulmanos) na Bahia, entre 1807 e 1835; b) a insurreição armada, especialmente no caso de Manuel Balaio (1839) no Maranhão; c) a fuga para o mato, de que resultaram os quilombos, tão bem exemplificados por Palmares. Foram movimentos rebeldes dos escravos, a quilombagem no Brasil.Outras formas de luta, de resistência também foram usadas, como o assassinato dos senhores, dos feitores, dos capitães-do-mato, o suicídio, as fugas individuais, guerrilhas. Compreender a ação política e social da população negra ao longo da história do nosso país é importante, assim como as práticas e lutas políticas do período pós-abolição até os dias atuais, como o Movimento das Mulheres Negras na década de 80. Nos últimos 14 anos, inúmeros movimentos de resistência nas comunidades mais pobres, principalmente relacionados à conscientização e à luta contra um Estado opressor e negligente têm ocorrido. Resistir e lutar é preciso. 
Meus irmãos, minhas irmãs, é preciso mudar as estruturas que sustentam o racismo. Se não o fizermos, permaneceremos nas inúmeras senzalas, sendo "a carne mais barata do mercado", como diz a canção. VIDAS NEGRAS IMPORTAM. NÃO EXISTE SAÚDE COM RACISMO.
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário