O número de mortes por hepatites virais no mundo aumentou, saltando de 1,1 milhão em 2019 para 1,3 milhão em 2022. As cifras equivalem a cerca de 3,5 mil óbitos diários em decorrência da doença, que é a segunda principal causa de mortalidade por agentes infecciosos no planeta.
Esses dados integram o recém-lançado Relatório Global de Hepatites 2024, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante o World Hepatitis Summit, realizado em Lisboa entre 9 e 11 de abril.
O documento revela que, apesar do avanço nas ferramentas de diagnóstico e nas opções de tratamento, houve estagnação nas taxas globais de tratamento e de cobertura para testes de detecção.
A hepatite B, para a qual há uma vacina segura e eficaz, lidera com folga a mortalidade, representando 83% dos óbitos pela doença registrados em 2022. Já a hepatite C foi responsável por 17% das mortes.
O relatório indica ainda que, todos os dias, mais de 6 mil pessoas são infectadas com hepatites virais no mundo.
Metade das hepatites crônicas do tipo B e C ocorrem em pessoas entre 30 e 54 anos, enquanto 12% acometem crianças. Em termos de gênero, há mais infecções entre os homens, que representam 58% de todos os caso.
A Organização Mundial da Saúde chamou a atenção ainda para a dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao tratamento. Apenas 13% das pessoas que vivem com infecção crônica de hepatite B foram diagnosticadas, enquanto somente 3% — o equivalente a 7 milhões de pessoas — receberam terapia antiviral até o fim de 2022.
Esse resultado está bem abaixo da meta global estipulada pela OMS, que é de tratar 80% dos casos até 2030.
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