sábado, 26 de fevereiro de 2022

Travesti não é brincadeira! Respeito é bom e ELAS gostam. Vivam AS TRAVESTIS.

As travestis vivem o masculino e o feminino ao mesmo tempo. Essa possibilidade de transitar entre os dois gêneros escapa aos regimes de verdade instituídos socialmente, ou seja, as convenções que produzem e reafirmam a heteronormatividade e instituem modos de ser, ou se é mulher, e se pertence ao universo feminino, ou se é homem e se pertence ao universo masculino. As travestis rompem as fronteiras de gêneros, desconstroem as normatividades, instituindo outros modos de subjetivação.

Embora transexuais e travestis sejam relacionadas à abjeção e tenham, nesse sentido, sofrido com atos de repúdio, com distintas formas de preconceito – nos diferentes âmbitos e instâncias sociais –, elas têm travado lutas diárias pela visibilidade e pelo respeito, pelo reconhecimento enquanto sujeitos de direitos. Dessa forma, “de um corpo despotencializado e fraco surge um corpo empoderado e forte, guerreiro e reivindicador de direitos” (PERES, 2013). Muitas/os travestis e transexuais lutam pela promoção de políticas públicas que as/os defendam; buscam desconstruir o processo de patologização com relação à transexualidade e os discursos que as associam à doença, ao pecado etc, resistindo aos processos de hierarquização e normalização.

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